José Maria Eça de Queiroz nasceu em 1845 em Póvoa de Varzim, Portugal. Estudou Direito na Universidade de Coimbra. Membro do grupo literário liderado por Antero de Quental e Teófilo Braga, de ímpeto modernizador, realiza sua estreia literária como cronista em folhetins, nos quais faz sentir a influência da literatura e das ideias francesas. Formado, trabalha como advogado em Lisboa e colabora com jornais da região. Integra o Cenáculo, grupo de intelectuais progressistas liderado por Quental e do qual participava Ramalho Ortigão, com quem escreve a paródia romântico-passional Mistério da Estrada de Sintra. Em 1872, é designado ao consulado português em Havana. O ingresso no corpo consular marca seu afastamento do país natal, no qual voltaria a viver apenas por breves períodos. Nas missões diplomáticas que o levariam à Inglaterra e à França (onde fixa residência, em 1889), produz suas mais importantes obras, dentre as quais O crime do padre Amaro (1876), O primo Basílio (1878), O mandarim (1880), A relíquia (1887) e seu principal panorama da sociedade portuguesa, Os Maias (1888). Morre em Paris em 1900, deixando inédito um importante espólio, do qual constam romances como A ilustre casa de Ramires e A cidade e as serras. Lido e admirado por gerações de portugueses e brasileiros, é considerado um dos maiores escritores em língua portuguesa.