"Dois pintores, dois professores" é a reunião dos livros "Rubens e os flamengos", de José Flexa Ribeiro, e "Velázquez e o realismo", de Carlos Flexa Ribeiro. Publicadas respectivamente em 1917 e 1952, as duas obras foram marcos na carreira de dois importantes professores brasileiros de História da Arte. José Flexa Ribeiro faz uma retrospectiva da vida e da obra do grande mestre da pintura holandesa, Peter Paul Rubens (1577-1640). Seus antecessores, seus grandes sucessos, suas técnicas e sua poética. Em "Velázquez e o realismo", Carlos Flexa Ribeiro recupera a biografia do mestre da pintura moderna espanhola, Diego Velázquez (1599-1660), analisando suas influências, suas obras-primas e as diversas fases de sua carreira. Esta nova edição é enriquecida com mais de 200 reproduções coloridas, textos biográficos e notas.
José Flexa Ribeiro nasceu em Faro, no Pará. Formado em Direito no tio de Janeiro (1907), foi poeta, jornalista e professor, além de estudioso das políticas estaduais e nacionais de educação. Publicou livros de poesia, crítica literária e história da arte. Em 1917, já no Rio de Janeiro, foi aprovado como catedrático de História da Arte na Escola Nacional de Belas Artes. Aposentou-se da carreira universitária em 1954, homenageado pela ENBA com o título de professore emérito. Entre os últimos, além de Rubens e os flamengos, estão O imaginário (1924), livro com ensaios de estética, e História crítica da arte (1962-1968), em seis volumes.
Carlos Flexa Ribeiro nasceu em Belém, mudando-se com os pais para o Rio de Janeiro em 1915. Formado em Ciências Jurídicas e Sociais (1935) e em História (1937), foi professor, político, um dos fundadores do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM) e da Escola de Desenho Industrial (ESDI), secretário de Educação do Estado da Guanabara (1961-1965), estudioso e formulador de políticas educacionais no Brasil e, entre 1967 e 1970, na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Além de Velázquez e o realismo, tese com a qual, em 1952, integrou-se à Universidade do Brasil (atual UFRJ), publicou ainda Ideias modernas sobre o gótico (1951).