Um advogado experiente estabelecido em Wall Street, na Nova York de meados do século XIX, contrata o jovem Bartleby para trabalhar em seu escritório. Se no começo ele realiza bem suas tarefas, a partir de dado momento prefere não mais fazer o que lhe é pedido. Todos à sua volta são influenciados por suas repetidas recusas. Se por um lado o fato incomoda seu patrão, por outro o mistério em torno do empregado e a compaixão que sente por ele o impedem de reagir, tornando cada dia mais complexa a estranha relação entre os dois. Com esta clássica novela, o autor anteviu os absurdos e a melancolia da vida moderna.
Herman Melville nasceu em Nova York em 1819. A morte de seu pai em 1932 e a falência dos negócios da família, poucos anos depois, obrigaram-no a interromper os estudos para trabalhar, aos 15 anos. Em 1939 ele partiu como ajudante no navio St.Lawrence, rumo a Liverpool. Em 1841, parte no baleeiro Acushnet e deserta nas Ilhas Marquesas, no Pacífico, ficando algumas semanas vivendo entre os nativos. Já estabelecido em Lansingburgh, no estado de Nova York, escreve uma série romances de aventura baseados em suas viagens, incluindo Taipi (1846) e Omoo (1847), que o tornam relativamente famoso. A partir de 1851, ano da publicação de Moby Dick, obra desafiadora e de uma complexidade a que seus leitores não estavam acostumados, Melville perde prestígio e público. Desencantado com sua carreira literária, entre 1853 e 1856 escreve algumas histórias, dentre elas Bartleby, o escrevente, que são publicadas em revistas. Abandona o ofício de escritor em 1857. De 1866 a 1885 assume uma rotina de seis dias por semana de trabalho como inspetor de alfândega, em Nova York. Morre na obscuridade em 1891. A partir da década de 1920 sua obra é reavaliada, conferindo ao autor uma importância e prestígio mundial que ele não conheceu em vida