Fugindo da justiça, o veneziano deixa sua cidade natal e aventura-se pela Europa, amealhando e perdendo fortunas, e sendo bem recebido por reis e rainhas. Em Varsóvia, por um motivo tolo, sente-se ofendido pelo nobre Xaverio Braniscki, um homem próximo ao rei e que tinha aprendido a derramar o sangue dos inimigos sem os odiar, a vingar-se sem ira, a matar sem descortesia, a preferir a honra, que é um bem imaginário, à vida, que é o único bem real do homem. Desafia-o para um duelo. Com extrema cordialidade, combinam os detalhes e se batem. Nesta novela ambientada no século XVIII, com fortes elementos autobiográficos, os costumes e frivolidades das realezas, e das pessoas que as cercam, são descritos por Casanova com ironia refinada. Tem-se aqui um retrato das cortes europeias, com seus códigos de honra, suas pequenas veleidades e a arte de agradar aos monarcas como habilidade essencial. Um dos poucos trabalhos escritos em italiano por Casanova, que escreveu em francês suas memórias, O duelo é um exemplo vívido do talento literário do maior sedutor de todos os tempos.